O comércio eletrônico brasileiro continua a expandir, movimentando R$ 196,1 bilhões em 2023, um aumento de 4% em comparação ao ano anterior. Esses dados foram divulgados pelo Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Desde 2016, o setor mais do que quintuplicou de tamanho, quando o volume de negócios era de pouco mais de R$ 39 bilhões.
A região Sudeste lidera o cenário do e-commerce, concentrando 73,5% das vendas online, seguida pelo Sul (15,2%), Nordeste (7%), Centro-Oeste (3%) e Norte (1,3%). Em termos de destino das compras, a Sudeste também se destaca, com 55,6% dos negócios fechados, seguida pelo Sul (16,8%), Nordeste (15,8%), Centro-Oeste (8,3%) e Norte (3,3%).
Os smartphones foram os produtos mais vendidos, movimentando R$ 10,3 bilhões, seguidos por livros, brochuras e impressos (R$ 6,4 bilhões), televisores (R$ 5,3 bilhões), refrigeradores e congeladores (R$ 5 bilhões), tablets (R$ 4,4 bilhões) e complementos alimentares (R$ 3,7 bilhões). A lista de produtos mais vendidos varia de estado para estado, com calçados liderando em Minas Gerais e aparelhos de ar-condicionado no Espírito Santo.
O secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Mdic, Uallace Moreira, destacou a importância do e-commerce para o desenvolvimento nacional e a necessidade de inclusão digital e distribuição de renda. “O e-commerce é fundamental para o desenvolvimento nacional, mas ainda temos um trabalho árduo a fazer para garantir a inclusão digital e a distribuição de renda”, afirmou Moreira.
O projeto E-commerce.BR, desenvolvido pelo Mdic e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), visa aumentar a adesão de pequenos negócios ao comércio online, especialmente em regiões onde o e-commerce ainda é tímido. A previsão é lançar o projeto até o fim do ano, com o objetivo de melhorar o desempenho financeiro através de soluções inovadoras.