O Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou dados preocupantes sobre a população brasileira vivendo em instituições. Segundo o levantamento, 160.784 pessoas residem em asilos ou instituições de longa permanência para idosos, representando 0,5% da população com mais de 60 anos no país. A maior concentração desses idosos está na região Sudeste, que abriga 57,5% deles, seguida pelo Sul com 24,8%.
A pesquisa também destacou que as mulheres são a maioria nos asilos, correspondendo a 59,8% dos residentes. Esse fenômeno está relacionado à maior longevidade feminina, já que a expectativa de vida das mulheres é significativamente maior do que a dos homens no Brasil.
Além dos idosos, o censo apontou que 14.374 crianças e adolescentes vivem em orfanatos e instituições similares, o que representa 0,03% da população brasileira com até 19 anos. A maioria dessas crianças está concentrada nas regiões Sudeste e Nordeste, refletindo desigualdades regionais e socioeconômicas.
O pesquisador do IBGE, Bruno Perez, explicou que a maior presença de idosos em asilos nas regiões Sul e Sudeste está ligada ao envelhecimento populacional mais acentuado nessas áreas. “Essas regiões têm uma população mais envelhecida, o que justifica a maior quantidade de moradores em asilos”, afirmou Perez.
A situação dessas populações vulneráveis levanta questões importantes sobre políticas públicas e a necessidade de investimentos em cuidados e suporte social. O secretário de Assistência Social, João Silva, destacou a importância de programas que promovam a inclusão e o bem-estar dessas pessoas. “Precisamos de políticas que garantam a dignidade e a qualidade de vida para nossos idosos e crianças em situação de vulnerabilidade”, afirmou Silva.