Fabio BenedictoA indústria química Innove, localizada em Sertãozinho, foi cenário de uma grave explosão que destruiu parte de suas instalações. O incidente levantou preocupações sobre a segurança e gestão ambiental da empresa, que já havia sido multada duas vezes antes da tragédia.
Entre outubro de 2023 e julho de 2024, a empresa foi multada por descartar efluentes de maneira inadequada, lançando resíduos químicos nas vias públicas. Essas infrações ambientais geraram multas no valor de R$ 10.107, prontamente pagas pela indústria. Após as autuações, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) iniciou investigações sobre o impacto ambiental da empresa, que atua no setor de produtos químicos, especialmente embalagens.
A explosão destruiu um depósito que armazenava embalagens vazias e provocou um incêndio de grandes proporções, que mobilizou o Corpo de Bombeiros e obrigou a evacuação de moradores da área próxima. O local ainda apresentava risco de novas explosões devido à natureza dos produtos manipulados, o que gerou uma extensa operação de contenção. Apesar dos esforços para controlar as chamas, os danos foram significativos, e as autoridades agora investigam a causa do acidente.
O acidente acendeu um alerta sobre as práticas de segurança da Innove, e as investigações atuais também consideram a possibilidade de negligência por parte da empresa. O histórico de infrações ambientais coloca em evidência a necessidade de rigor no cumprimento das normas de segurança e controle ambiental, especialmente em indústrias que lidam com materiais altamente inflamáveis.
Além disso, a explosão reabriu o debate sobre a fiscalização de empresas químicas na região. Moradores locais já haviam expressado preocupações sobre o impacto ambiental causado pela indústria, especialmente após relatos de poluição em áreas próximas. A explosão apenas reforçou esses temores, com a comunidade pedindo uma investigação rigorosa e maiores garantias de segurança.
Autoridades municipais e estaduais estão acompanhando o caso de perto, e os proprietários da Innove foram chamados a prestar depoimentos, colaborando com a investigação. O futuro da empresa agora depende do resultado das análises técnicas e legais, tanto sobre a explosão quanto sobre as práticas ambientais anteriores. A população de Sertãozinho aguarda respostas, enquanto medidas emergenciais continuam sendo tomadas para garantir que os riscos sejam mitigados e para evitar novas tragédias.
