Nos bairros centrais de Ribeirão Preto, como Centro, Campos Elíseos, Vila Tibério e Ipiranga, o aumento de invasões a casas e furtos de fios tem deixado os moradores em alerta. A ação de pessoas em situação de rua em busca de cobre para vender tem gerado inúmeros transtornos, especialmente no que diz respeito à segurança. Eduardo Vasconcelos, morador do Ipiranga, vive em constante medo: “Entraram no meu quintal três vezes só neste mês. O sentimento de insegurança está sempre presente”, relata.
Outro residente, Sérgio Rodrigues, da Vila Tibério, expressa sua frustração com a situação. “Parece que a assistência social está de braços cruzados. As casas de acolhimento vivem sem vagas, e a maioria fica no centro, o que atrai ainda mais pessoas para essa região e aumenta a violência.” Mariana Silva, dos Campos Elíseos, também compartilha a mesma opinião: “Precisamos de soluções urgentes. A assistência social deveria agir com mais eficácia. A concentração de pessoas na região da rodoviária e na Baixada do Centro está fora de controle.”
As casas de acolhimento, segundo relatos, não só estão sem vagas como também estão mal distribuídas, o que centraliza o problema na área mais movimentada da cidade. A moradora Márcia Nogueira, do Centro, reforça a preocupação com a violência crescente: “Quando essas pessoas não têm onde ficar, acabam ficando nas ruas e recorrem ao crime. Já fomos vítimas de invasões e furtos diversas vezes, principalmente à noite. A situação está insustentável.”
Além dos furtos de fios, os moradores se preocupam com as invasões às suas residências. Muitos já investem em sistemas de segurança privados, mas ressaltam que isso é apenas uma medida paliativa. Eles esperam que o poder público ofereça respostas rápidas e eficazes para resolver o problema.
Em depoimento, a Associação de Moradores dos bairros afetados planeja acionar a Prefeitura para exigir mais vagas em abrigos e melhor distribuição geográfica dessas casas de acolhimento. “A solução não é apenas abrir mais vagas, mas distribuí-las de maneira que não concentre todas as pessoas em uma única área, que já sofre com a superlotação e a insegurança”, conclui Flávia Mendes, presidente da associação.
Enquanto isso, a população continua vivendo em constante alerta, com o medo da violência e da criminalidade afetando diretamente sua qualidade de vida.